Pais de assistidos são exemplos para várias famílias
O dia dos pais está chegando e com ele muitas histórias para contar, aqui na Abrace, Associação Brasileira de Assistências às Famílias de Crianças com Câncer e Hemopatias, temos vários exemplos de pais dedicados aos seus filhos, mas reservamos dois casos para descrever e inspirar a todos nesta data. Como a história de Lael Pereira dos Santos de 41 anos, que acompanhou a filha Isabela Pimentel dos Santos de 13 anos em todos os momentos difíceis, principalmente após descobrir o diagnóstico de um Osteossarcoma. A esposa que estava com uma bebê recém-nascido ficou sob os cuidados da criança, enquanto ele tomou a frente em todas as etapas do tratamento da sua filha, desde as internações, quimios e amputação, ele estava sempre presente dando suporte a Isabela em todas as fases.
Emocionado, conta que chegou a receber críticas por estar sempre acompanhando a filha no hospital, mas entende que os comentários são de pessoas que não sabem qual é a real função de um pai: “Muita gente me chamou de louco por abdicar de tudo para cuidar da minha filha. Mas esse é o meu papel. Eu amo a minha família e tudo que acontece, temos que passar juntos. ” Orgulhosa do pai, Isabela agradece: “Meu pai é o meu herói. ”
A história desse outro pai que iremos falar também não foi fácil, Weverton Oliveira Rocha de 31 anos, passou por várias dificuldades antes de descobrir o diagnóstico de Leucemia do filho, Christofer Oliveira Pereira Santos de apenas 6 anos. Após várias vezes levando o filho ao HRT, Hospital Regional de Taguatinga, com sintomas de dor e febre e obter sempre a mesma resposta que era apenas “intolerância a lactose”, Weverton conta que se enfureceu em uma dessas idas, segundo relatou: “Nunca realizaram nenhum exame para obter um diagnóstico mais preciso, sempre mandavam voltar para casa e a criança continuava a sentir os mesmos sintomas,” conta.
Após discutir e quase ser expulso devido a sua insistência por uma averiguação no seu filho, a médica realizou alguns exames que constataram várias alterações. Ela fez mais um pedido e os exames voltaram com os mesmos resultados, Christofer tinha uma doença grave. Segundo o pai, a partir desse momento, a médica passou a atendê-lo de forma mais humanizada e o encaminhou para o HCB, Hospital da Criança de Brasília José Alencar, onde a criança passou a ser acompanhada por especialistas, que segundo o próprio pai, o trataram de forma humanizada e cordial, ele chegou a pensar que estava num hospital particular, se surpreendeu com todo o respeito que recebeu.
Hoje, Christofer, está em acompanhamento, assim como a Isabela, recebendo todo o amor paterno que merecem e agradecendo por ter pais que realmente cumprem com a sua função e lutam por seus filhos.
Texto: Rosana Maria
Fotos: Mariana Cunha e Rosana Maria
