Assistido da Abrace e sua família se encontram com doador de medula óssea após transplante ter salvado a vida da criança
A Abrace – Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças com Câncer e Hemopatias, promoveu o encontro de duas famílias com uma ligação eterna. O doador de medula óssea, Jordan dos Santos, de 58 anos, e a família do Bruno Fonseca Passos, que recebeu a doação, a criança na época tinha apenas três anos de idade e estava em tratamento contra uma leucemia.
Jordan dos Santos, vendedor externo, morador de Anápolis, cidade do Goiás, que fica a 59,4 km da capital Goiânia, conta que não foi de repente que sentiu no coração de ser um doador de medula óssea, mas devido a uma pessoa próxima ter sido diagnosticado com Leucemia, após essa situação, se sentiu tocado e viu a necessidade de ajudar outras pessoas que precisam de transplante. Devido a atitude de Jordan, a vida do garotinho e sua família mudaram para sempre.
Bruno foi diagnosticado com a doença em 2014. A mãe, Eduarda da Cruz Fonseca, de 31 anos, e o pai, Gilmar de Jesus Passos, de 41, saíram do Maranhão para tratar o filho no HCB – Hospital da Criança de Brasília José Alencar e assim se tornaram assistidos pela Abrace. Durante o tratamento, ainda na fase da quimioterapia, a doença voltou com bastante força, relatou a mãe. A médica indicou que a melhor saída seria o transplante de medula óssea. A busca pelo doador não demorou. Jordan prontamente realizou a doação assim que foi convocado, no dia do procedimento, a única informação que obteve, era que o receptor era um menino de apenas três anos de idade, o que levou Jordan e a sua esposa aos prantos.
Dez anos se passaram e o REDOME – Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea perguntou para a família do Bruno se gostariam de conhecer o doador. O primeiro contato demorou, Eduarda mandou mensagem e Jordan demorou 2 dias para visualizar. Eles se falaram pelo telefone e ela relatou que ficou bastante emocionada: “Meu coração estava muito apertado, choramos bastante quando nos falamos pelo celular. “
Jordan também não se conteve com a emoção da primeira conversa, para ele, Bruno faz parte da sua família: “Para mim, ele é como um filho que ainda não conheço pessoalmente. ”
O encontro, pessoalmente, aconteceu no último sábado regado de muitas lagrimas, mas desta vez de alegria e gratidão de alguém que ajudou a mudar a vida de uma família inteira.
Texto e imagens: Rosana Maria