Visita olímpica anima assistidos
A sexta-feira não foi normal para as crianças e adolescentes que vivem na Casa de Apoio da Abrace. Uma visita, acostumada a vencer batalhas e a se superar, compartilhou um pouco da sua história com os pequenos assistidos
Publicado dia 04/06/2018 às 12h00min
Em passagem por Brasília, no dia primeiro de junho, o ex-jogador da seleção de vôlei brasileiro, Giba, realizou visita a Abrace. A ideia surgiu do seu médico e amigo, Glauco André Guedes, que é doador da instituição. O convite coincidiu com a data de aniversário da presidente da instituição, Maria Angela Marini, que recebeu o atleta com bastante entusiasmo. “Este foi um presente para as crianças e para mim também”, comemorou ela. Maria Angela é jogadora de vôlei máster feminino há 17 anos.
Essa não foi a única coincidência do dia, a história de Giba converge com a dos pequenos assistidos pela Abrace em relação à superação. Isso porque as batalhas do ex-atleta não foram só dentro de quadra, Giba venceu a leucemia ainda criança. Aos 4 meses de idade foi diagnosticado com a doença, o tratamento durou até 1 ano de idade, mas o acompanhamento foi até os 7 anos. “Eu não me lembro muito bem, mas passei até os 7 anos fazendo exames, o tempo inteiro, e realmente foi uma superação. Essa camiseta aqui falou tudo, foi uma superação de vida, onde a minha família lutou, acreditou. Onde a minha mãe ficou o tempo inteiro do meu lado, o meu pai me deu uma assistência muito grande. Então eu só tenho a agradecer à casas e instituições como a Abrace, que também conseguiu fazer o Hospital da Criança de Brasília José Alencar. A gente sabe muito bem a importância de ter casas como essa pelo Brasil”.
Giba foi recebido com empolgação pelas crianças que vivem na Casa de Apoio, na sede da Abrace. Levado pela mão, ele conheceu todas as instalações nas quais funcionam a moradia, as quitinetes e o Espaço Pedagógico. Além disso, o ex-jogador foi presenteado com a camiseta Superação Abrace, que faz parte da linha de produtos da instituição. “O Giba trouxe uma energia muito positiva para os nossos pequenos que vivem o dia-a-dia buscando a superação da dor, do sofrimento e da valorização da vida”, diz Maria Angela.
“Eu fiquei impressionado. A gente sabe que, infelizmente, essa é uma doença que a gente ainda não tem muito conhecimento. Mas a quantidade de pessoas que a Abrace já salvou nesses 32 anos… não só as pessoas doentes, mas a família também. Porque essa assistência social, esse carinho, a gente volta para casa com outro parecer da vida”, resume Giba sobre a manhã de carinho, abraços, fotos e sorrisos.