Aulas oferecidas pela Abrace por meio de projeto junto ao Instituto Ronald em parceria com o HCB levam informação e conhecimento para estudantes do setor de saúde
A Abrace – Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias lança curso de capacitação sobre o Diagnóstico Precoce abordando o câncer infantojuvenil. Serão quatro aulas em parceria com o HCB – Hospital da Criança de Brasília José Alencar, no auditório do Hospital para estudantes da área de saúde dos cursos de Enfermagem, Medicina, Fisioterapia e Nutrição, entre outros relacionados ao setor de saúde. O curso só foi possível devido a parceria com o Instituto Ronald McDonald por meio da campanha McDia Feliz realizada há 32 anos.
O objetivo das aulas oferecidas é chamar atenção para o tema e fazer os estudantes se atentarem para os sintomas e sobre a importância do tema. Devido ao câncer infantil não haver prevenção, o diagnóstico precoce se torna fundamental para aumentar as chances
de cura do paciente. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o percentual de cura da doença pode chegar até 80% em crianças e adolescentes que recebem o diagnóstico precoce.
A primeira aula aconteceu na última quinta-feira, 08 de agosto. Os alunos avaliaram como positivo as informações passadas por médicos com experiência no tema: “A parte mais importante é ouvir o paciente. Muitas vezes ficamos querendo falar, mas o mais importante é escutar, ” avalia Thalita Mayumi, estudante de nutrição.
A vice-presidente da Abrace, Lisa Ferreira Marini, conta como é importante a aplicação do curso, já que o diagnóstico precoce é fundamental para aumento das chances de cura de crianças e adolescentes: “ Essa capacitação é fundamental para os profissionais de saúde. Já que é sabido que o diagnóstico precoce aumenta 80% as chances de cura de uma criança. A Abrace junto com o Instituto Ronald e o HCB idealizaram este projeto com profissionais reconhecidos internacionalmente”, conta.
Como a Doutora Isis Magalhães, diretora-técnica do HCB reconhecida internacionalmente pelo seu trabalho em prol da luta contra o câncer infantojuvenil, ela conta da relevância do debate para que o diagnóstico mais célere possa salvar vidas: “O câncer é a segunda maior causa de morte no Brasil e ele é extremamente mais agressivo, e nós não temos como prevenir a doença ou fazer alguma associação com causa específica. E a melhor forma de combate é diagnosticar rapidamente e avaliar o estado para começar o tratamento. A experiência internacional mostra que esse formato tem que ser centralizado e melhorar a forma de diagnosticar com precisão porque hoje são vários subtipos da doença, esclarece.
Texto: Rosana Maria
Fotos: Matheus Portugal – Estúdio Jota