De casa em casa se constrói uma bela parceria

O Banco Mundial tem trabalhado junto a Abrace dentro do Programa Moradia e tornou-se um exemplo de solidariedade

Publicado dia 24/09/2018 às 13h00min

Para que sonhos se tornem realidade, a Abrace conta com a ajuda de parcerias importantes. Há três anos, o Banco Mundial tem colaborado com os projetos da instituição, atuando na reforma de casas, junto ao Programa Moradia.

O objetivo do programa é contribuir para a qualidade de vida do assistido, ao reformar residências que estão em condições precárias de se viver. Cumprindo sua missão, a instituição realiza a reforma para diminuir os riscos do tratamento não ter o sucesso esperado.

“A parceria com o Banco Mundial tem nos ajudado a implementar o Programa Moradia que a Abrace promove às famílias de crianças assistidas. Principalmente àquelas que retornam de transplantes e possuem a observação médica de estarem em ambientes mais favoráveis e adaptáveis para a melhoria de suas saúdes” destaca Maria Angela Marini, presidente da Abrace.

Sobre a união de forças

O Banco Mundial possui um programa que se chama Community Connections Campaign (CCC), organizado pelos seus funcionários há 15 anos, em mais de 25 escritórios pelo mundo. São os próprios colaboradores do banco que escolhem uma instituição sem fins lucrativos para realizarem as doações. Para estimular a arrecadação, o próprio Banco Mundial dobra o valor levantado – igualando o que foi arrecadado por seus funcionários e garantindo uma doação de 100% – se mais de 55% dos funcionários doarem qualquer quantia.

“Quando o escritório do Brasil resolveu aderir ao programa, a escolha pela Abrace foi natural. Muitos se identificam com a instituição e contribuem com ela rotineiramente”, explica Juliana Neves Soares, responsável pelo programa CCC, no escritório do Banco Mundial, em Brasília. É o caso da Daniela Campos, Analista Orcamentaria do Banco Mundial. “Eu doo para Abrace antes mesmo de contribuir por meio da CCC. Sei o quão difícil é o câncer, é uma doença muito presente na minha família. Se já é difícil para quem tem certa condição e plano de saúde, é muito mais difícil para aqueles que não tem. Admiro e me solidarizo com a instituição”, explica. 

 

O montante arrecadado tem sido direcionado a reforma nas casas de assistidos. Até 2018, foram dois beneficiados: Bernardo Costa, que na época estava com 2 anos e trata de anemia falciforme, e Carlos Eduardo Fortes, que tem 9 anos e trata o Linfoma de Burkitt no intestino. “Depois da obra, meu filho está progredindo. Ele não tem mais crises de alergia e nós vivemos bem”, conta a mãe em matéria produzida pela Abrace.

Além de ajudar financeiramente, os funcionários do Banco Mundial conhecem de perto a realidade das crianças e famílias assistidas pela Abrace. Segundo a responsável pelo CCC, em Brasília, alguns funcionários já visitaram a Casa de Apoio, o Hospital da Criança e duas residências que foram reformadas com o dinheiro arrecadado durante a campanha.

Daniella Ziller Arruda, Analista de Operações do Banco Mundial, já tinha escutado falar da Abrace, mas não conhecia a fundo as suas ações. Foi quando a vida mostrou a ela o porquê da insistência. “Em 2014, tive a oportunidade de conhecer a mãe de um amiguinho da minha filha, que havia perdido o filho mais velho para o câncer de medula óssea. Naquele ano, ela fez uma grande campanha para as outras mães da escola participassem do McDia Feliz e, no final do ano, fez uma campanha para arrecadar leite para doar para a Abrace”, relembra. “Isso despertou meu interesse e foi quando comecei a ver quantas coisas boas a Abrace faz. Mais ou menos na mesma época o banco também convidou a equipe da ong para fazer uma apresentação e foi aí que vi quão importante é a missão dessa instituição”.

Juliana Neves diz que “vale mencionar ainda que os pré-requisitos para organizações sem fins lucrativos participarem da CCC são bastante rígidos. E a Abrace cumpre todas as exigências do Banco, como: idoneidade, seriedade e transparência”. E completa, “é sempre uma experiência única, pois conseguimos ver com nossos próprios olhos o trabalho feito pela Abrace e a constatação que o nosso trabalho de formiguinha pode ter. É uma lição para todos nós e um estímulo a continuar ajudando”, relatou ela.