Doutores com risos, diplomas e muito amor pelo voluntariado
Publicado dia 30/07/2018 às 12h00min
Palhaçada? Para os Doutores com Riso, grupo de voluntários da Abrace, usar o nariz vermelho é coisa séria. Foram cerca de três meses se preparando para vestir o jaleco. Nesse período de pleno crescimento, 16 aprendizes descobriram um outro universo do que é palhaçaria. “Eu tinha total satisfação de acordar cedo e participar das aulas. Agora a gente é uma família”, destacou Aline Cristine Silva Pinto, que se transformou na Dra. Rosita Martínez.
Esta foi a 2ª edição da oficina de formação do grupo. Para fechar com chave de ouro, nada mais divertido que uma cerimônia de formatura com direito a diplomas e mesa de doces e salgados. “O engraçado é que é sério. Sejam bem-vindos”, destacou o cerimonialista do evento, Tasso Jorge Jungmann Jannuzzi.
Ao lado dos padrinhos e madrinhas, cada um dos formandos entrou com alegria e descontração. Os familiares e convidados aplaudiam, recebendo com carinho os dedicados voluntários. Após cantar o Hino Nacional, chegou a hora do juramento. “Eu juro alegrar a todos que passarem em minha vida e honrar meu nariz de palhaço”, exclamou Agatha Cristie Ribeiro de Brito, a Dra. Rococó, sendo repetido em coro pelo grupo.
As aulas foram ministradas pelos veteranos na arte da besteirologia Rômulo Santos Rodrigues, o Dr. Ultra, e Leandro Rito, o Dr. Sovaco. Para o Roberto Figueiredo Cavalcanti da Silva, o Dr. Sacassó, o desafio foi se entregar 100% e abandonar por um instante as dificuldades do dia a dia. “Eu sou militar e atuava a 4 anos no Amigos do Leito, projeto da Abrace. Surgiu a oportunidade de participar do curso e aceitei. Não é fácil ser palhaço. Com todos os problemas que você tem, é preciso esquecer tudo e estar ali presente para as crianças”, revela.
Em uma atividade durante a cerimônia, os formandos receberam a missão de não deixar uma dezena de balões no ar caírem, mesmo com as dificuldades após a retirada de alguns participantes. O objetivo era mostrar a importância que cada um tem para manter o grupo unido sem deixar a bola cair. “Quando nasce uma criança, nasce um pai. Hoje, não está nascendo só médicos doutores, mas novos formadores que irão levar a frente o projeto”, destacou o professor Leandro.
Após receber o diploma, chegou a hora de atuar como médico-palhaço em eventos da Abrace e visitas hospitalares. Para o diretor de Gestão de Pessoas da instituição, Juliano Lopes, o sorriso oferecido pelos voluntários é extremamente importante para todas as pessoas atingidas pelo projeto. “Ser palhaço está na alma de cada pessoa. Vocês estão cuidando de almas, de famílias, e o senso de alegre vem junto com o senso de responsabilidade”, contou o diretor, que tem mais de 7 anos de experiência como voluntário.
Para Sonia Celma Rodrigues, a Dra. Picapau, o evento foi apenas o começo de uma grande jornada. “Nos preparamos para uma missão e vamos cumpri-la com carinho”, disse representando a turma em um lindo e emocionante discurso.