O quarto azul se tornou realidade

Programa Moradia entrega mais uma melhoria na casa do assistido Carlos Eduardo e sua mãe

Publicado dia 31/07/2018 às 12h00min

Era uma casa muito engraçada. Não tinha teto, não tinha nada. Ninguém podia entrar nela, não… assim como na música de Vinícius de Moraes, Carlos Eduardo Fortes, 8 anos, foi, por um tempo, proibido de entrar na sua casa. Desde que foi diagnosticado, em 2017, com Linfoma Burkitt no intestino, o lar do pequeno passou a ser seu maior inimigo. Isso porque o local no qual vivia não tinha as condições adequadas para abrigar alguém que estava passando pelo agressivo tratamento contra o câncer.

Quando Carlos Eduardo foi diagnosticado, ele e sua mãe, Rose Mary Fortes, 56 anos, foram encaminhados direto do hospital para a Casa de Apoio da Abrace. “O meu filho adoeceu e ele não podia ir onde tinha poeira. Para mim, foi muito difícil, porque eu nunca tinha me separado da minha casa. Mas pedi a Deus que se fosse para o bem do meu filho, iria para onde fosse”, relembra a mãe do assistido.

Aproximadamente oito meses depois de dividir o teto com outros assistidos na Casa de Apoio, a casa de Carlos Eduardo foi beneficiada pelo Programa Moradia – uma das ações para aumento da qualidade de vida dos assistidos da Abrace. A assistente social que acompanhava o caso realizou uma visita de vistoria e constatou que a construção precisava de melhorias urgentes, como: instalação da rede elétrica, falta de revestimento, novos pisos, trocar tanques impregnados de mofo, tornar a área externa lavável e impermeável, entre outras mudanças.

Para tornar possível a conclusão da reforma, a Abrace conseguiu unir dois grandes parceiros, a Eva Engenharia e o Banco Mundial. O primeiro investiu com mão-de-obra comprometida e dedicada, o segundo ajudou financeiramente o projeto por meio de campanha social, iniciativa do banco em conjunto com os seus funcionários. “Todo ano é realizada a campanha em todas as unidades do banco. Os funcionários doam uma quantia e elegem uma ong para ajudar, o banco complementa com mais 50% no valor arrecadado. Chegamos em 2018 com 88% de participação. A Abrace torna a participação mais alta, penso que por ela ser de Brasília e pela identificação com a causa”, explica Wanessa Matos, assistente de programas da sucursal do Banco Mundial de Brasília.

Rose Mary não esperava pela reforma, foi a assistente social quem contou a novidade. A reconstrução aconteceu em um mês. “Tiveram dias que os funcionários ficaram até mais tarde e no fim de semana. Fizeram com muito amor e dedicação”, relata Glaidistones Rodrigues, dono da construtora Eva. Todo o esforço resultou em uma casa aconchegante, bonita e arrumada, com móveis semi-novos que a Abrace direcionou do seu estoque para decorar o espaço. Além disso, os pedidos especiais foram atendidos: o quarto azul de Carlos Eduardo e a cama de casal termina de encantar a pequena família que já está instalada no novo lar, que foi entregue pelos parceiros e pela presidente da Abrace, Maria Angela Marini.