O brilho nos olhos da Sarah Duarte ao entrar na Abrace revela o amor que a jovem tem pela instituição. Foi na Casa de Apoio que ela passou alguns dos momentos mais difíceis da adolescência dela, enfrentando duas vezes o tratamento contra o câncer. Porém, as lembranças que ficaram foram outras. “Eu fui recebida com muito carinho, amor e com a atenção que eu precisava. Isso se tornou só gratidão mesmo. Passei muitos momentos felizes neste lugar. Daqui eu só tenho recordações positivas para levar”, conta ela.

Sarah é assistida pela Abrace desde 2015, quando foi diagnosticada com Sarcoma. Ao lado da mãe, Maria Almeida, ela saiu de Padre Bernardo (GO) em busca do tratamento e encontrou na instituição um ombro amigo. “Não tem como esquecer ou não agradecer a Deus por tudo que preparou. Aqui eu me senti segura. Me senti abraçada”, explica a mãe.

De lá para cá, foram diversos momentos marcantes. Foi com incentivo da instituição que ela escreveu em 2018 o livro O diário de Sarah Duarte, publicado digitalmente pelo projeto Pequenos Escritores da Abrace. Ela também chegou a assumir por um dia a função de presidente da Abrace durante a ação Meninas Ocupam, iniciativa criada pela ONG Plan International para celebrar o Dia Internacional da Menina. Outro momento inesquecível foi o discurso dela durante a sessão solene da Frente Parlamentar de Prevenção e Combate ao Câncer Infantil, que emocionou todos os presentes no Plenário do Congresso Nacional.


Durante a luta contra a doença, Sarah chegou a ficar sem andar e perdeu o cabelo que tanto amava. Mesmo com todas as adversidades do tratamento, Sarah sempre permaneceu com um sorriso largo no rosto, eternizado em nosso vídeo institucional e nos traços do designer e ilustrador Mauro Martins, que produziu a arte do McDia Feliz de 2017.


Hoje ela tem 23 anos e termina em fevereiro o curso de enfermagem do Centro Técnico de Educação Profissional de Padre Bernardo (CETEP), sonho que surgiu durante o tratamento e dividiu espaço com as várias internações hospitalares. “O cuidado que eles tinham para tocar, a calma que eles tinham para conversar com o paciente e as palavras de amor e carinho que eles passavam para a gente me fizeram querer ser da mesma forma que eles. Da mesma forma que eu fui tratada, eu quero tratar as pessoas”, revela Sarah.