Pai que Abraça: exemplo para contar
Publicado dia 14/08/2019 às 17h00min
Nem sempre os pais conseguem estar presentes na vida dos filhos, trabalho e a rotina diária se tornam um desafio para equilibrar atenção e os cuidados que os pequenos merecem. Mas isso não é um problema na vida do Wilson da Lima Santos, morador de Taboquinha, vilarejo de Padre Bernardo do Goiás. Participativo, ele busca estar acompanhando a vida das três filhas, Leidiane de 17, e as gêmeas Naiane e Luana Lima Santos, com nove anos. As três meninas foram diagnóstica com a doença falciforme e fazem acompanhamento médico no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB).
A doença é uma condição genética que aparece em todas as gerações de uma mesma família. É resultado de defeitos na estrutura da hemoglobina, alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, e se tornam parecidos com uma foice, por isso, a doença leva o nome de Falciforme. Provoca anemia, dores ósseas e nas articulações, atraso no crescimento e desenvolvimento infantis, síndrome mão e pé causando inchaço e dor nos punhos, tornozelos e dedos. E risco aumentado de infecções, dentre outros. A enfermidade pode ser descoberta com o teste do pezinho ainda no nascimento e necessita de assistência clinica adequada. No caso da Leidiane, o falciforme só foi descoberta quando ela já havia completado cinco anos, por isso, o acompanhamento é ainda mais essencial. Pelo menos uma vez por mês, o pai vem a Brasília com a filha mais velha e de dois em dois meses com as gêmeas.
Quando chega à capital federal, a rotina de Wilson se descreve em ir ao HCB com as meninas e depois na Abrace, que oferece assistência a crianças e adolescentes com câncer e doenças no sangue. Apesar do translado cansativo, ele não desanima. “Por elas, faço até mais se puder,” afirma Wilson.
O instinto paterno faz parte do seu dia a dia, conta que está sempre ligado nos medicamentos, exames e alimentação das filhas. Pai coruja conta que fica de olho na medicação das filhas. “Elas são a minha vida, procuro ajudar em tudo mesmo”.
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Texto: Rosana Maria